|| 05/10/2016
Atualizado: 12 de nov. de 2018
Hoje acordei sem sentir nada. Aliás sinto. Sinto uma pequena dor no braço por transportar um trolley de 90L, ontem, por Lisboa adentro.
Esta pequena dor é o único sinal de que estou aqui. Sobrevivo a este mundo imenso que fica tão grande quando perdemos tudo. O meu tudo és tu. Ainda não te perdi, mas sinto como se isso já tivesse acontecido. Há mais de 2 meses que não estou contigo. Mas apenas há um mês é que começou a ser sufocante.
A vida corre tão bem quando tomamos as ‘coisas’ como garantidas, e esse será o eterno problema do ser humano. Chegaste há uma semana. E esta semana custou mais que o mês inteiro que não me falaste. Custa tanto quando estamos tão próximo do que queremos e não podemos ter. Estou-te a dar o tempo que não me pediste, mas que sei que precisas. Mas, desculpa meu amor, também não tenho muito tempo para te dar.
Estou a morrer aos poucos com cada dia que passo sem ti. Não vou desistir de ti. Desistir de ti é desistir de mim própria. No pouco que sinto hoje, sei que te amo mais que qualquer coisa.
- Um dia relembro-te toda a nossa história, um dia.
xx
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