DOROTHY KOOMSON || a filha da minha melhor amiga
Atualizado: 12 de nov. de 2018
Quando foi a última vez que fizeste algo pela primeira vez?
Esta frase paira no meu pensamento desde as zero horas do primeiro dia do ano. Portanto, é sempre bom descobrir coisas novas e com isso incluí também ler autores novos. Ao experimentar coisas novas, estamos a encontrarmo-nos a nós próprios. Posto isto, porque não experimentar (no mínimo) um escritor novo por ano? As coisas novas são sempre boas, nem que seja para não as voltarmos a repetir.
Esta é a minha nova escritora.
Ouvi falar demasiado deste livro, mas sempre achei que se tratava de uma história monótona. Mas na verdade, revelou-se uma história emotiva, realista e muito comovente que me deixou simplesmente mergulhada num mar de emoções.
É a história de duas melhores amigas - Kamryn Matika e Adele Brannon - que se afastam quando a primeira descobre que a amiga a traiu com o seu noivo - Nate - e dessa traição resultou uma filha - Tegan.
Traída pelas pessoas mais importantes da sua vida, o seu mundo desabada em apenas uma noite. Desta forma, confrontada pelas mudanças da vida, Ryn deixa de confiar e acreditar no amor.
No entanto, após vários anos sem manterem contacto uma com a outra, Ryn recebe no seu aniversário um postal de Adele, onde esta a informa que está no hospital. Aqui Ryn percebe que há diagnósticos que arrastam tudo consigo e são muitas as ruínas que deixam à sua passagem. Adele tinha leucemia e eram (muito) poucos os momentos que lhe restavam. Sem mais ninguém em quem pudesse confiar, Adele fez o pedido mais importante da sua vida: pediu a Ryn para cuidar da sua filha, Tegan.
Apesar da traição que levou ao fim de uma grande amizade, Ryn adora Tegan e o que no início poderia parecer uma loucura passa a um desejo enorme e acaba num amor incondicional - o amor de mãe.
Ryn que sempre viveu para o trabalho descobre uma vida para além disso e luta com todas as suas forças pelo bem-estar de Tegan, mesmo que, em certas alturas, a diferença da cor de pele se torne um problema.
Ryn e Tegan descobrem uma nova vida juntas e no meio de todas as controvérsias, a primeira dá uma nova oportunidade ao amor.
Esta é uma leitura viciante: devoramos o livro e quando acaba ansiamos por mais. O meu coração sofreu um bocadinho, porque era como se eu fizesse parte da própria história. Houve raiva, tristeza, rancor e ao mesmo tempo uma compaixão imensa.
«Aprendi que a vida é curta, demasiado curta para guardar ressentimentos. Demasiado curta para excluir pessoas sem antes ouvir o que elas têm para dizer.»
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